domingo, 20 de janeiro de 2013

Amor

   Assisti nessa última sexta-feira ao filme Amor (Amour) do diretor Michael Haneke. E vou começar comentanndo a dificuldade queé conseguir ver um filme que não é produzido por hollywood no cinema, pelo menos no Recife. O circuito exibidor simplesmente não disponibiliza salas em horários acessíveis para que o grande público tenha a chance de ver. E falei salas? Desculpa. Porque é apenas uma sala mesmo e em um cinema.
    E acredito que essa mísera sala só foi "liberada" porque amor já ganhou a palma de ouro em Cannes em 2012 e recebeu 5 indicações ao Oscar desse ano incluindo categorias ditas principais como: Melhor filme, direção e atriz além de indicações para melhor roteiro original e melhor filme de língua estrangeira.
  O filme em si é uma obra delicada que aponta algumas dificuldades no processo de envelhecimento a partir da história do casal Anne e George. O longa se inicia mostrando um pouco do cotidiano e companheirismo dos dois até que Anne sofre um derrame e fica com um lado do seu corpo paralisado e ela começa a sofrer por se sentir dependente do marido  e ele se vê acumulando as funções de marido, amigo e enfermeiro e toda essa situação fica clara com um dos diálogos onde ela diz se sentir um peso na vida do marido e ele responde "Mas o que você faria no meu lugar?".
A situação de Anne piora quando ela começa a apresentar os primeiros sinais da demência e em uma das cenas (muito bem interpretada por Emanuelle Rivas) é possível sentir junto com a personagem toda a humilhação quando ela precisa ser levada ao banheiro pelo marido após ter feito xixi na cama enquanto dormia. Nesse contexto aparece a relação de Anne e de George com sua filha que também sofre com a situação da mãe mas não concorda que ela seja tratada em casa.
    Tudo se agrava té chegar a seu clímax onde George toma uma difícil decisão, por amor? Para mim sim. Mas o filme nos leva  a diversas reflexões e a vários momentos de emoção.




Fernanda Gomes

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